quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

SANTO DO DIA

São Plácido
514-541

15 de Janeiro - São Plácido

A vida de Plácido está ligada à do seu primo Mauro, também chamado de Amaro, por várias circunstâncias. Primeiro, porque ambos aos sete anos de idade foram entregues, pelos pais ao amigo Bento de Nórcia, celebrado pela Igreja como o "pai dos monges ocidentais", para serem oblados à Cristo. Depois, porque Amaro o salvou da morte, na infância. Nesta ocasião, Bento, teve uma visão onde Plácido se afogava dentro de um lago, por isto mandou o pequeno Amaro correr para impedir o acidente. De fato, ele o salvou prodigiosamente, andando sobre as águas e o retirando com vida. Porém, após se tornarem sacerdotes, suas vidas se separam, e de maneira distinta cada um testemunhou sua fé em Cristo. Vejamos a trajetória de Plácido. 

Plácido nasceu no ano de 514, em Roma. Os pais, nobres e ricos, eram Tertulo e Faustina, e os irmãos se chamavam Eutíquio, Flávia e Vitório. Plácido foi entregue a são Bento, que o tomou como discípulo e lhe dispensou um afeto paterno. O menino cresceu bondoso e assimilou os ensinamentos do Evangelho e o espírito ecumênico da mensagem beneditina. Tornou-se sacerdote e foi enviado para a cidade italiana de Messina, na Sicilia, para construir um mosteiro, do qual foi eleito o abade. Plácido o construiu fora dos muros da cidade. Ao lado do mosteiro ele também construiu uma igreja, dedicada a são João Batista.

Plácido, certa vez, recebeu a visita de seus irmãos, os três saudosos, decidiram ir para Messina, onde ficaram por um longo período, hospedados no mosteiro. Até que em setembro de 541, os árabes sarracenos, invadiram o mosteiro, destruindo tudo e matando os monges que encontravam pela frente. Depois, se voltaram contra os quatro irmãos, que seriam poupados se renegassem o seu Deus. Plácido falou por todos: "jamais trairemos a fé em Cristo e por isto estamos prontos para morrer". Foram arrastados até a praia vizinha e brutamente mortos, tendo as cabeças decepadas. Os corpos foram recolhidos pelos monges sobreviventes e sepultados na igreja semidestruída.

Este mosteiro e a igreja foram destruídos e reconstruídos várias vezes por conta destes bárbaros. Só em 1099, a paz voltou a reinar na Sicília, com a sua expulsão definitiva . O então imperador Rugero, católico, mandou reconstruir tudo. No final da construção do grande edifício, o mosteiro foi elevado à condição de Priorado Geral. Mas o fato sensacional, ocorreu em 1588, quando o superior do mosteiro,vendo que o interior da igreja não tinha ventilação nem luz, mandou abrir três grandes portas. Para isto, tiveram que deslocar o altar maior, e foi aí que encontraram as relíquias dos quatro irmãos. A festa foi grande porque ao retirarem o corpo de são Plácido surgiu de improviso uma fonte de água puríssima, que os devotos atribuíram como milagrosa. 

A igreja e o mosteiro foram totalmente destruídos, em 1918, quando ocorreu o maior terremoto de Messina. Mas as relíquias de são Plácido já estavam guardadas pelos beneditinos na Cripita da Capela do mosteiro de Montecassino, onde também estão as de seu primo. 

A Igreja, em 1962, determinou que os dois primos sejam festejados no mesmo dia 15 de janeiro. Entretanto, o culto a são Plácido é muito intenso e os devotos o celebram também em 5 de outubro, data que lhe era dedicada anteriormente.

Outros santos e beatos:
São Macário, o Grande eremita (300-390.Contam-se no calendário 14 santos com esse nome.O santo deste dia é assinalado pelo qualificativo “Grande”, ou mais modestamente, pela justaposição do adjetivo “o Velho”, pois é o mais famoso e o primeiro na seqüência cronológica.
Nasceu no alto Egito, em um ambiente muito propício para a vida solitária de um eremita. Desde a mocidade, Macário amou a solidão e, para entregar-se tranqüilamente à oração e à meditação, fez construir uma cabana num local afastado.Para ganhar o próprio sustento, ou melhor, para não ficar sem trabalho — visto que o ócio é o pai de todos os vícios — tecia cestas e tapetes, enquanto guardava as ovelhas no campo.
Entretanto, um adolescente tão sério despertava curiosidade nas pessoas, ou quiçá também apetência pela vida devota; por esse motivo, Macário decidiu refugiar-se em pleno deserto. A seguir, continuou os estudos preparatórios para o sacerdócio, a fim de poder celebrar a eucaristia nas inumeráveis colônias monásticas que, atraídas por seu exemplo, cresciam ao redor cada vez mais.
Mas o deserto não constituiu uma muralha segura para defendê-lo dos ataques perpetrados pelos hereges arianos. Por isso, teve de passar a senilidade no exílio, ou seja, longe da comunidade cenobítica por ele fundada.

Santo Efísio(†303.Martirizado na época de Diocleciano. É objeto de muita veneração na Sardenha, particularmente em Cagliari, onde, a cada dia 1o de maio, seu martírio é relembrado com uma solene procissão, denominada “o 1o de maio cagliaritano”.
As Atas de seu martírio configuram um relato assaz imaginoso, redigido pelo padre Mauro, que se declara testemunha ocular das torturas cruéis infligidas ao santo. Embora não fidedigna, essa crônica concorreu para perpetuar o caráter popular da devoção a esse santo, fornecendo matéria para saborosas e pitorescas reconstituições literárias.

Santo Alexandre, o Insone (†430) — abade fundador dos denominados monges insones gregos, pois se revezavam noite e dia para cantar.
São Blatmaco — abade irlandês martirizado em 823 pelos dinamarqueses pagãos, que procurara evangelizar.
São Bonito — bispo beneditino (623-710), foi governador de Provença; renunciou ao episcopado para se tornar monge.
Santo Eugípio (†511) — sacerdote africano, companheiro de missão de são Severino de Nórica.
Beato Francisco Ferdinando Capillas (1606-1648) — dominicano espanhol, missionário na China, onde foi martirizado.
Santo Habacuc — profeta do século VII a.C., durante o período do cativeiro. Na Terra Santa, muitas igrejas foram construídas em sua honra. Trata-se do profeta que dirige muitas perguntas a Deus. Ao ver seu povo oprimido em terra estrangeira, indaga: “Como o podeis punir por mãos de gente ímpia e idólatra?”. Mas, por fim, entrega-se a um ato de fé e de abandono completo a Deus salvador.
santo Isidoro, o Egípcio (404) — sacerdote egípcio. Tomou a defesa de seu bispo, santo Atanásio, contra os arianos, e, por seu turno, precisou defender-se da acusação de heresia, levantada contra ele por são Jerônimo.
São Malard (†650) — bispo de Chartres.
Santas Maura e Brita — virgens martirizadas no século IV; são mencionadas por são Gregório de Tours.
São Máximo de Nola (†251) — bispo de Nola. Foi obrigado a refugiar-se nas montanhas durante a perseguição movida contra ele por Décio; são Félix, sacerdote de sua diocese, recolheu-o já quase morto pela fome.
Santa Mida (também conhecida como Ita ou Meda) — virgem irlandesa muito popular, morta em 750. Sua vida é rica de episódios pitorescos.
São Miquéias — profeta do século VIII a.C.; profetizou o nascimento de Cristo em Belém.
São Paulo de Tebas (230-342) — nobre egípcio, refugiou-se no deserto, onde permaneceu até a morte. De tempos em tempos recebia a visita de santo Antão. Costuma-se representá-lo junto com um pássaro que lhe traz a refeição.
São Públio de Zeugma (†380) — sírio, abade de uma numerosa comunidade.

LITURGIA DIARIA

1ª Semana Comum - Quinta-feira 15/01/2015

PrimeiraEvangelho (Mc 1,40-45)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica curado!” 42No mesmo instante, a lepra desapareceu, e ele ficou curado.
43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!” 45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor. Leitura (Hb 3,7-14)
Leitura da Carta aos Hebreus.
Irmãos, 7escutai o que declara o Espírito Santo: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, 8não endureçais os vossos corações, como aconteceu na provocação, no dia da tentação, no deserto, 9onde vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, 10embora vissem as minhas obras, durante quarenta anos.
Por isso me irritei com essa geração e afirmei: sempre se enganam no coração e desconhecem os meus caminhos. 11Assim jurei na minha ira: não entrarão no meu repouso”. 12Cuidai, irmãos, que não se ache em algum de vós um coração transviado pela incredulidade, levando-o a afastar-se do Deus vivo. 13Antes, animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser “hoje”, para que nenhum de vós se endureça pela sedução do pecado – 14pois tornamo-nos companheiros de Cristo, contanto que mantenhamos firme até o fim a nossa confiança inicial.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 94)

— Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os vossos corações.
— Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os vossos corações.

— Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.
— Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: “Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras”.
— Quarenta anos desgostou-me aquela raça e eu disse: “Eis um povo transviado, seu coração não conheceu os meus caminhos!” E por isso lhes jurei na minha ira: “Não entrarão no meu repouso prometido!”

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SANTO DO DIA

bispo e doutor da Igreja (315-368)

13 de Janeiro - Santo Hilário de Poitiers

bispo e doutor da Igreja (315-368).Muitas são as analogias entre esse santo batalhador e seu contemporâneo santo Agostinho.
Como este, era filho de família abastada e já pai de uma menina (chamada Abre) quando se converteu ao cristianismo, após um acidentado percurso rumo à fé, que o levou da leitura dos filósofos neoplatônicos à meditação sobre as páginas da Bíblia. Nesta ele encontrou resposta para as perguntas que fazia a si mesmo desde a juventude sobre os fins do homem e a natureza da alma.
Como Agostinho, também foi aclamado bispo pelo povo. Sua ação pastoral teve de voltar-se imediatamente para o campo da ortodoxia, ao combater o crescente avanço da heresia ariana. Nesse embate, contou com a colaboração do jovem Martinho, o futuro bispo de Tours.
Os arianos, que recebiam o apoio do imperador Constâncio, conseguiram que este o condenasse ao exílio. Deportado para a Frígia, Hilário teve a oportunidade de se aprimorar, tomando contato com a grande tradição dos padres orientais. Aprendeu grego, podendo assim se abeberar nas fontes da teologia patrística.
Mas também na Frígia começou a desagradar aos arianos, que o expediram a Poitiers, onde ele escreveu De Trinitate, ou melhor, De fide adversus arianos, tratado que o tornou célebre e lhe valeu o título de doutor da Igreja, outorgado em 1851.
Polemista e arguto teólogo, era ao mesmo tempo bom pastor de almas e compassivo com a ovelha perdida. Consagrou-se também, com efeito, aos bispos e padres que, tendo aderido à heresia, reconheceram os próprios erros e foram reintroduzidos em suas sedes episcopais e paróquias.

Outros santos ou beatos:
Santo Agrício (†333) — bispo de Tréveris. Santa Helena, mãe de Constantino, ter-lhe-ia dado a túnica de Jesus, também conhecida como o Manto Sagrado de Tréveris.
Santo André — bispo de Tréveris, onde foi martirizado em 235.
São Berno (†927) — abade beneditino,*  natural da Borgonha, famoso pelos grandes serviços prestados à Igreja e por sua intensa atividade pastoral e reformadora.
Santo Énogat (†631) — bispo da sede episcopal bretã de Aleth.
Santos Ermilos e Estratônico — martirizados em 315. Foram afogados no Danúbio, nas cercanias de Belgrado, durante o império de Licínio.
Santa Glafira de Amaséia — morta em 324. Pôs-se em fuga para preservar a própria virgindade; foi apanhada e levada de volta à casa do imperador Licínio, de quem era escrava, para ser martirizada. Morreu durante a viagem.
Beato Godofredo de Kappenberg (1097-1127) — jovem conde de Kappenberg, na Vestfália. Ao conhecer São Norberto, despojou-se de seus bens, cedeu o castelo ao santo, que o transformou em abadia, e fez-se monge. Imitaram seu exemplo a esposa, duas filhas e um tio.
Santos Gumercindo e Servídio — espanhóis martirizados em 852, por um califa árabe.
São Leôncio de Cesaréia (†337) — um dos padres do Concílio de Nicéia, chamado “anjo de paz” pelos gregos. Bispo de Cesaréia, recebeu grandes elogios de santo Atanásio.
Santos mártires de Roma — são numerosos os cristãos que foram martirizados em Roma. Aqueles cuja memória é celebrada nesta data são 40 soldados martirizados em 262, na via Labicana.
São Potito — martirizado em Parthenope,**  em época imprecisa.
Beata Verônica de Binasco (1445-1497) — virgem. Ingressou aos 22 anos no convento agostiniano de Milão; viveu 39 anos como religiosa mendicante. Analfabeta, teve o privilégio de ser instruída diretamente pela Virgem, que numa visão lhe indicou o caminho a seguir para alcançar a santidade: pureza de coração, paciência e meditação diária na Paixão de Jesus. Também teve o dom da profecia e disso fez uso para predizer dia e hora da própria morte.
São Vivêncio (século V) — palestinense, acompanhou santo HiIário, quando este voltou a Poitiers; foi seu auxiliar, depois se fez eremita.

LITURGIA DIARIA

Santo Hilário - Terça-feira 13/01/2015

PrimeiraEvangelho (Mc 1,21b-28)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”.
26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor. Leitura (Hb 2,5-12)

Leitura da Carta aos Hebreus.
5Não foi aos anjos que Deus submeteu o mundo futuro, do qual estamos falando. 6A este respeito, porém, houve quem afirmasse: “O que é o homem, para dele te lembrares, ou o filho do homem, para com ele te ocupares?
7Tu o fizeste um pouco menor que os anjos, de glória e honra o coroaste, 8e todas as coisas puseste debaixo de seus pés”. Se Deus lhe submeteu todas as coisas, nada deixou que não lhe fosse submisso. Atualmente, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submisso. 9Jesus, a quem Deus fez pouco menor do que os anjos, nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte. Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte.
10Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos. 11Pois tanto Jesus, o Santificador, como os santificados são descendentes do mesmo ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos, 12dizendo: “Anunciarei o teu nome a meus irmãos; e no meio da assembleia te louvarei”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 8)

— Destes domínio ao vosso Filho sobre tudo o que criastes.
— Destes domínio ao vosso Filho sobre tudo o que criastes.

— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! Perguntamos: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”
— Destes domínio ao vosso Filho sobre tudo o que criastes.
— Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:
— as ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

SANTO DO DIA

São Bento Biscop 628-690 Gravura do acervo dos beneditinos - Londres

12 de Janeiro - São Bento Biscop

Bento pela graça e pelo nome" era este o jogo de palavras que são Gregório Magno usava para definir o amigo e irmão na fé, são Bento de Nórcia. E pela grande força do sentido que expressam, não puderam deixar de ser usadas, também, para louvar são Bento Biscop, no livro escrito por são Beda, Doutor da Igreja , sobre seu mestre e tutor. Ele que foi discípulo de Biscop, desde os sete anos, idade em que foi entregue pelos pais.

Biscop nasceu em 628, na Nortúmbria, Irlanda. Era um nobre e se tornou um soldado de alta patente do exército do rei Oswiu, porém o chamado de Deus falou mais alto. Aos vinte e cinco anos decidiu renunciar aos favores da corte e abandonar a família, para se colocar a serviço do verdadeiro Rei, Jesus Cristo e do Evangelho, para alcançar a vida eterna. No ano de 653, após ter feito esta escolha, fez a primeira das seis viagens a Roma. Era um devoto incondicional dos santos apóstolos Pedro e Paulo e dos papas. Suas viagens tinham a finalidade da peregrinação e também o aprendizado de exemplos e instituições monásticas. 

A Santa Sé o designou para ir à Inglaterra, acompanhando o novo bispo de Cantuária, Teodósio. Assim, Biscop acabou sendo o responsável, em grande parte, pela evangelização da Inglaterra. De suas viagens a Roma, trazia consigo diversos livros sobre artes, ciências, e muitos outros de assuntos variados.

Em Lerins, no percurso da segunda viagem a Roma, em 665, permaneceu cerca de dois anos. Era um perfeccionista, não procurava só encontrar modelos de vida como também numerosos livros, documentos iconográficos, relíquias dos santos, parâmetros e outros objetos que favorecessem um culto em perfeita sintonia com a Igreja de Roma.

Na embocadura do rio Vire, fundou um mosteiro, dedicado a são Pedro, em 674, e outro, em honra a são Paulo, alguns anos mais tarde. Para isso, trouxe da França diversos pedreiros, artesãos, artífices, etc., para a construção de igrejas e, desta maneira, introduzir nos mosteiros ingleses os usos e costumes dos mosteiros romanos.

Uma vez chegou a suplicar ao papa Agatão que enviasse o cantor da basílica de são Pedro, o abade João, para que a liturgia e o canto romano fossem assimilados por seus monges reunidos nos dois mosteiros de são Pedro e de são Paulo. Quando voltou da sexta viagem a Roma ficou surpreso com uma epidemia que destruíra grande parte de sua obra. 

Sobre o leito de morte pôde dizer com razão: "Meus filhos, não considerem invenção minha a constituição que lhes dei. Depois que visitei dezessete mosteiros, cujas regras e usos, me esforcei por conhecer e selecionar as que me pareceram melhores, dou-lhes o resultado desse trabalho. Este é o meu testamento."

Morreu no dia 12 de janeiro de 690, aos sessenta e dois anos de idade. A sua celebração foi determinada para esta data, durante a cerimônia de sua canonização, pela Igreja, em Roma.

LITURGIA DIARIA

1ª Semana Comum - Segunda-feira 12/01/2015

Primeira Leitura (Hb 1,1-6)

Início da Carta aos Hebreus.
1Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; 2nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo.
3Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. 4Ele foi posto tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles.
5De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”? Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um Filho”? 6Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo!”

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 96)

— Adorai o Senhor Deus, vós anjos todos!
— Adorai o Senhor Deus, vós anjos todos!

— Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.
— E assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória. Aos pés de Deus vêm se prostrar todos os deuses!
— Porque vós sois o Altíssimo, Senhor, muito acima do universo que criastes, e de muito superais todos os deuses.
Evangelho (Mc 1,14-20)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos, e crede no Evangelho!”
16E, passando à beira do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus.
19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.