sábado, 14 de junho de 2014

SANTO DO DIA

Bem-aventurada Nhá Chica

14 de Junho - Bem-aventurada Nhá-Chica

Dia 14 de junho celebramos a bem-aventurada Nhá Chica


Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, é a primeira bem-aventurada negra do Brasil. Leiga, ela não pertencia a nenhuma ordem religiosa. Analfabeta, não lia a Bíblia, mas aplicava no dia a dia o amor ao próximo e a caridade, o que a fez ser conhecida como "Mãe dos Pobres". 

Nhá Chica nasceu em São João Del Rei (MG) mas viveu a maior parte da sua vida em Baependi (MG), onde morreu no dia 14 de junho de 1895. Desde então, os relatos de cura por intercessão de Nhá Chica são vários.

O milagre
O processo de beatificação começou em 1993, mas foi em 1995 que o processo ganhou um capítulo decisivo. Em julho daquele ano, a professora Ana Lúcia Leite descobriu que tinha um problema congênito no coração. Na véspera de fazer uma cirurgia, ela sentiu uma forte febre e exames posteriores revelaram que o problema havia desaparecido. Ana Lúcia havia rezado a Nhá Chica e considera que foi curada por intermédio dela.

Venerável
Em 1998, o provável milagre foi enviado ao Vaticano. Em janeiro de 2011, o Papa Bento XVI aprovou as virtudes heróicas da religiosa e designou o título de Venerável a Nhá Chica. Em outubro do mesmo ano, a comissão médica da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano aprovou o milagre atribuído a Nhá Chica, concordando que a cura não tem explicação científica. A comissão de cardeais do Vaticano atestou o milagre em junho de 2012 e no mesmo mês, o Papa Bento XVI assinou o decreto de beatificação de Nhá Chica.

Beatificação
Em 30 de abril de 2004, os bispos brasileiros reunidos na 42ª Assembleia Geral de Bispos do Brasil (CNBB) assinaram um documento pedindo pela beatificação de Nhá Chica. O documento que reuniu 204 assinaturas de Bispos de 25 estados brasileiros foi encaminhado pela Diocese de Campanha ao então Papa João Paulo II.

No dia 8 de junho de 2010, no Vaticano, deram parecer favorável às Virtudes da Serva de Deus Nhá Chica, e no dia 14 de janeiro de 2011, Papa Bento XVI aprovou as suas Virtudes Heróicas: castidade, obediência, fé, pobreza, esperança, caridade, fortaleza, prudência, temperança, justiça e humildade.

Em 14 de outubro de 2011 o Milagre foi reconhecido. A comissão médica da Congregação das Causas dos Santos analisou o milagre ocorrido por intercessão da Venerável Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia. Todos os 07 médicos deram voto favorável: a cura não tem explicação científica.

O Estudo do Milagre pela comissão de Cardeais da Santa Sé aconteceu em 05 de junho de 2012. O Papa Bento XVI promulgou o Decreto da Beatificação de Nhá Chica, sendo que a cerimônia oficial aconteceu no dia 04 de maio de 2013, em Baependi. 

Na ocasião, disse o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo:

"A celebração dessa festa enriquece e perpetua o tesouro de nossa fé católica, convidando cada um a inspirar-se neste exercício de fé. É o mesmo percurso seguido pelos que ganharam a condição de patriarcas, profetas, mártires, santos, amigos de Deus, cidadãos e cidadãs com as marcas da eternidade, comprometidos com a vida e com a justiça. Esse exercício é o que, pela fé, possibilita uma importante certeza: as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê. 

Nhá Chica ofereceu seus sacrifícios sem lamúrias e os converteu em oferendas agradáveis que se transformam em frutos de bem. Sua simplicidade é transformada em sabedoria porque, como registra o referido capítulo da Carta aos Hebreus, permite a compreensão de que sem a fé é impossível agradar a Deus. Quem Dele se aproxima deve crer que Ele existe e recompensa os que o procuram. 

Na estatura simples de Nhá Chica, sua experiência de fé tracejou como em Noé “o levar a sério” a promessa divina, a obediência amorosa que impulsionou Abraão fazendo-o partir confiante para uma terra que deveria receber como herança. Nela, pobre sem letras e sem poder, como em Sara, a estéril, é manifestada a força do amor de Deus por uma admirável capacidade de fazer o bem em vida e depois da morte.

Pela fé, Jacó se prostrou em adoração e Nhá Chica viveu adorando, especialmente às sextas-feiras, tocada pelos sofrimentos redentores de seu Senhor. 

Pela fé, José relembrou, já no fim da vida, do êxodo dos filhos de Israel e Nhá Chica continua lembrando-se de todos nós. 

Também pelo caminho da fé, Moisés preferiu ser maltratado com o povo de Deus e Nhá Chica escolheu ser conselheira e protetora daqueles que são desafiados pelos sofrimentos. Sua beatificação ensina a todos nós que a fé é o tesouro maior"

Ó Nhá Chica,
intercede por nós.
Ao teu Senhor fieis queremos ser
para contigo sempre repetir:
"Isto acontece porque rezo com fé"
(Hino a Nhá Chica)

LITURGIA DIARIA


10ª Semana Comum – Sábado 14/06/2014

Primeira Leitura (1Rs 19,19-21)
Leitura do Primeiro Livro dos Reis.
Naqueles dias, 19o profeta Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat, lavrando a terra com doze juntas de bois; e ele mesmo conduzia a última. Elias, ao passar perto de Eliseu, lançou sobre ele o seu manto. 20Então Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias, dizendo: “Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe, depois te seguirei”. Elias respondeu: “Vai e volta! Pois que te fiz eu?” 21Ele retirou-se, tomou a junta de bois e os imolou. Com a madeira do arado e da canga assou a carne e deu de comer à sua gente. Depois levantou-se, seguiu Elias e pôs-se a seu serviço.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 15)
— O Senhor é a porção da minha herança.
— O Senhor é a porção da minha herança.
— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!”
— Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
— Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a cor­rupção.
Evangelho (Mt 5,33-37)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33“Vós ouvis­tes o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. 34Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. 36Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. 37Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

PORQUE VENERO MARIA

Venerar significa ter grande respeito, grande consideração, grande estima, querer muito bem. É diferente de adorar, que significa prestar culto a Deus, tendo-O como o ser Primeiro, Único e Eterno, origem de tudo o que existe de bom e de belo no universo. Nós católicos,adoramos única e exclusivamente a Deus; a Maria nós veneramos, admirando sua vida, imitando-a e pedindo intercessão.


01-   Venero Maria porque ela foi concebida sem o pecado original (Imaculada Conceição), pelo poder de  Deus; foi preparada pelo Espirito Santo, já em vista da resposta que, mais tarde, ela daria ao aanjo Gabriel (cf. Lc 1,38). Somente Deus é onisciente, isto é, tem conhecimento absoluto sobre todas as coisas, inclusive antes que elas aconteçam (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 269.270.490-493).
02-   Venero Maria porque ela, sendo criatura e humana como nós somos, foi capaz de entregar-se completa e inteiramente a Deus, dispondo-se a servir a Ele e à humanidade (cf. Lc 1,26-38).
03-   Venero Maria porque ela perseverou em seu ‘sim’, sendo fiel até o fim no compromisso que assumiu com Deus; nem mesmo quando ela se sentia incapaz de entender o que estava acontecendo com Jesus (cf. Mc 3,31-35; Mt 13,53-58; MC 3,20-22) deixou de acreditar no que Deus disser a ela por meio do anjo Gabriel (cf. Lc 1,30).
04-   Venero Maria porque ela, assim como se colocou a serviço de Deus, também se colocou a serviço do próximo. Atenta a quem estava perto dela (cf. Lc 1,39-45.56; Jo 2,1-12), Maria não se pesava em tomar a iniciativa, indo ao encontro para servi-lo.
05-   Venero Maria porque ela é a mãe do Filho de Deus (cf. LC 1,31-33), segunda pessoa da Santíssima Trindade. O receber o nome de Jesus - que significa ‘Deus Salva” (cf. LC 1,31;2,21) -, o filho de Maria manifesta-se  como Aquele que veio para trazer, em definitivo, a libertação do pecado e da morte (que será, com a, definitiva e gloriosa vinda, destruída - cf. AP 21,1-8).
06-   Venero Maria porque ela aceitou ser espiritualmente a ‘esposa do Espírito Santo’ (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn.484-486.721-726), deixando-se preparar por Ele, e Dele recebendo o filho, tornando-se assim ‘sacrário do Altíssimo’, mãe de Deus encarnado que subsiste na segunda pessoa da Santíssima Trindade (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn.441-445).
07-   Venero Maria porque ela amou o seu filho até o fim,enfrentando corajosamente as muitas tribulações pelas quais Ele passou, conforme predissera o profeta Isaías (cf. Is 42,1-9), sendo condenado como  um criminoso, embora inocente, à morte de cruz, do alto da qual confiou Maria ao apóstolo João, e João a Maria (cf. Jo 19,26-27) gesto no qual a Tradição vê a entrega da Igreja à Maria, e a Maria à Igreja, sendo esta representada pelo discípulo amado (cf. Jo 19,26).
08-   Venero Maria porque ela confiou na promessa de seu filho (cf. Jo 14,12-26;15,26-27;16,5-15) e junto com a Igreja nascente (cf. At 1,12-14), em oração, acolheu o envio do Espírito Santo (cf. At 2,1-13), aquele mesmo que a prepara desde a sua concepção imaculada.
09-   Venero Maria porque ela enfrentou os sofrimentos que vieram junto com a missão recebida (cf. Lc 1,34;2,7.34-35;Mt 2,13-23;Jô 19,25-27; Lc 23,55), não retrocedendo nem mesmo diante da violênci dos mercenários que, a serviço dos romanos, crucificaram Jesus (cf. Mc 15,16-37). Por amor ao filho e em obediência à missão que recebera, mostrou-se mais forte e corajosa do que os discípulos (cf. Jo 18,25-27; Mc 14,37.40.43.50).
10-   Venero Maria porque ela, seguindo a tradição religiosa do seu povo, orava com confiança a Deus. Inspirada no cântico de Ana (cf. 1Sm 2,1-10), Maria glorificou a Deus, seu Salvador e Salvador do seu povo (cf. Lc 1,46-55) e, por extensão, de toda a humanidade (cf. Mt 28,16-20; At 4,11-12; Ef 2,14).
11-   Venero Maria porque ela assumiu José (cf. Lc 1,26-27), seu esposo, a educação do menino Jesus, instruindo-O na lei e nos profetas, transmitindo  a Ele as riquezas de seu povo, Israel.
12-   Venero Maria porque, tendo sido mestra do menino Jesus, tronou-se sua discípula ao acolher, como muitos outros, a boa Nova do amor e da salvação. Ela somou aos conhecimentos antigos, novos conhecimentos (cf. Mt 13,52).
13-   Venero Maria porque ela é modelo de fidelidade a Deus. Tendo-se comprometido com Ele (cf. LC 1,38), foi fiel em tudo, a ponto de manter-se em silêncio (cf. Lc 2,51b) diante dos mistérios da vida de seu próprio filho (cf. Bento XVI, Spe Salvi, nn.49-50).
14-   Venero Maria porque nela a pureza encontrou a sua morada. Ela é bem aventurada (cf. Mt 5,8); o Senhor a cumulou de maravilhas (cf. Lc 1,48b-49) desde a sua concepção, preservando-a virgem mesmo na maternidade (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 496-507).
15-   Venero Maria porque ela é modelo de quem vive a fé, acreditando e entregando-se a Deus sem reservas (cf. Lc 1,26-38). Não é uma fé infantil, mas madura, que passa pela razão e pelo questionamento (cf. Lc 1,34), para então acolher a vontade de Deus sem vacilar.
16-   Venero Maria porque ela é intercessora (cf. Jo 2,3), a quem recorremos constantemente, certoa de que ela leva a seu filho Jesus, o único mediador, todas as preces que a ela confiamos.
17-   Venero Maria porque ela sempre aponta para seu filho, e não para si, pedindo que façamos o que Ele pediu (cf. Jo 2,5) e imitando-a na fidelidade o Deus Salvador (cf. CNBB, Sou católico: Vivo a minha fé, 2007,PP.85-89).
18-   Venero Maria porque ela está no centro da História da Salvação, enquanto mãe do Salvador. Ela está no centro, mas não é o centro: este é o seu filho, Jesus, em quem Deus nos dá Vida (cf. Ef 1,3-14).
19-   Venero Maria porque ela nos atendeu, chegando antes na Casa do Pai. “A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos” (Catecismo da Igreja Católica, n.966).
20-   Concluindo: Maria não coloca-se a si mesmo no centro, mas dá “espaço ao Deus que encontra tanto na oração como no serviço ao próximo - só então o mundo se torna bom. Maria é grande, precisamente porque não quer fazer-se grande a si mesma, mas engrandecer a Deus. Ela é humilde; não deseja ser mais nada senão a serva do Senhor. Sabe que contribui para a salvação do mundo, não realizando uma sua obra, mas apenas colocando-se totalmente à disposição das iniciativas de Deus” (Bento XVI, Deus caritas est, n.41).

Padre Cristovam Lubel 
(Editora Pão e Vinho)

SANTO DO DIA


Santo Antônio, doutor da Igreja

Santo AntônioNeste dia, celebramos a memória do popular santo – doutor da Igreja – que nasceu em Lisboa, em 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Ainda jovem pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade. Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.
Ao ir para Marrocos, Antônio ficou tão doente que teve de voltar, mas providencialmente foi ao encontro do “Pobre de Assis”, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Neste sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo Antônio serviu sua família franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isto até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.
Santo Antônio, rogai por nós!

LITURGIA DIARIA

Santo Antônio de Pádua – Sexta-feira 13/06/2014

PrimeEvangelho (Mt 5,27-32)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.
30Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. 31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.ira Leitura (1Rs 19,9a.11-16)

Leitura do Primeiro Livro dos Reis.
Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9ao profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto.
12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. 13Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Ouviu, então, uma voz que dizia: “Que fazes aqui, Elias?” 14Ele respondeu: “Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus todo-poderoso, porque os filhos de Israel abandonaram tua aliança, demoliram teus altares e mataram à espada teus profetas. Só eu escapei. Mas, agora, também querem matar-me”.
15O Senhor disse-lhe: “Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei da Síria. 16Unge também a Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel, e a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta em teu lugar.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus
Responsório (Sl 26)

— Senhor, é vossa face que eu procuro!
— Senhor, é vossa face que eu procuro!

— Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! Meu coração fala convosco confiante, é vossa face que eu procuro.
— Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu Deus e Salvador!
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

SANTO DIA

São João de Sahagun
1430-1479

12 de Junho - São João de Sahagun

João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.

O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente, ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade.

Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".

O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.

Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.

Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.

Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.

João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros.

LITURGIA DIRIA


10ª Semana Comum – Quinta-feira 12/06/2014

Primeira Leitura (1Rs 18,41-46)
Leitura do Primeiro Livro dos Reis.
Naqueles dias, 41Elias disse a Acab: “Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído de muita chuva”. 42Enquanto Acab subia para comer e beber, Elias subiu ao cume do Carmelo, prostrou-se por terra e pôs o rosto entre os joelhos. 43E disse ao seu servo: “Sobe e observa na direção do mar”. Ele subiu, observou e disse: “Não há nada”. Elias disse-lhe de novo: “Volta sete vezes”.
44À sétima vez o servo disse: “Eis que sobe do mar uma nuvem, pequena como a mão de um homem”. Então Elias disse-lhe: “Vai dizer a Acab que prepare o carro e desça, para que a chuva não o detenha”. 45Nesse meio tempo, o céu cobriu-se de nuvens escuras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente. Acab subiu para o seu carro e partiu para Jezrael. 46A mão do Senhor esteve sobre Elias; e ele, cingindo os rins, correu adiante de Acab até a entrada de Jezrael.

- Palavra do Senhor.
- Graças Responsório (Sl 64)

— Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
— Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
— Visitais a nossa terra com as chuvas, e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo.
— É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras.
— O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; transborda a fartura onde passais. Brotam pastos no deserto, as colinas se enfeitam de alegria.a Deus.
Evangelho (Mt 5,20-26)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’.
22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiver­es levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
 
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quarta-feira, 11 de junho de 2014

SANTO DO DIA

São Barnabé
Apóstolo
Século I

11 de Junho - São Barnabé

Barnabé não fez parte dos primeiros doze apóstolos escolhidos por Jesus. Mas acompanhou o Senhor e os apóstolos naqueles primeiros dias. Quando assistiu a um milagre realizado por Jesus Cristo, que diante de seus olhos curou um paralítico, aquele bondoso judeu resolveu pedir admissão entre seus discípulos. Aceito, vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiroaos apóstolos, como conta Lucas nos Atos. Assim era Barnabé, homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé, segundo narram as Sagradas Escrituras.

Ele era da tribo de Levi e veio ao mundo na ilha de Chipre. Foi ali que estudou, na companhia de Paulo, com o célebre mestre Gamaliel, com quem aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Chamava-se José e, quando foi admitido entre os apóstolos, recebeu o nome de Barnabé, que significa "filho da consolação", devido ao seu maravilhoso dom de acalmar e de consolar os aflitos. No quarto capítulo do Ato dos Apóstolos, Barnabé também é chamado de o "filho da exortação".

Foi pelas mãos de Barnabé que Paulo de Tarso, o terrível perseguidor dos cristãos, ingressou nos círculos judeo-cristãos, sendo apresentado a Pedro, Tiago e aos fiéis de Jerusalém depois de sua conversão. Barnabé também o acompanhou em sua primeira viagem apostólica e foram parceiros na grande obra de conversão realizada em Antioquia, onde estabeleceram e firmaram a primeira comunidade a chamar de cristãos aos fiéis seguidores de Cristo. Depois, aos dois se juntou João Marcos, e viajaram por Salamina, Patos, Chipre, Panfília, Pisídia, Icônio e Listra, pregando e realizando milagres como testemunho da presença do Espírito Santo.

Todo esse trabalho foi reconhecido pelo Concílio de Jerusalém, bem como o trabalho que realizou depois de passar a pregar separado de João Marcos e de Paulo, deste último por decisão pessoal, após uma divergência. Barnabé estava em Chipre quando foi martirizado no ano 61.

Segundo uma antiga tradição, Barnabé pregava na sinagoga da Salamina quando foi interrompido por uma multidão de judeus fanáticos. O apóstolo foi seqüestrado, levado para fora da cidade e apedrejado. Entretanto existe uma outra, tão antiga quanto esta, que narra Barnabé pregando em Alexandria e em Roma, e que diz, ainda, que teria sido consagrado o primeiro bispo de Milão, cidade que o tem como seu padroeiro até hoje.