sábado, 28 de junho de 2014

SANTO DO DIA

Santo Irineu de Lyon
130+202

28 de Junho - Santo Irineu de Lyon

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as heresias", onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca. 

Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

Mais tarde, um outro tratado, chamado "Demonstração da pregação apostólica", foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade.

LITURGIA DIARIA

Imaculado Coração de Maria – Sábado 28/06/2014

Primeira Leitura (Is 61,9-11)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
9A descendência do meu povo será conhecida entre as nações, e seus filhos se fixarão no meio dos povos; quem os vir há de reconhecê-los como descendentes abençoados por Deus.
10Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa, ou uma noiva com suas joias.11Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (1Sm 2,1.4-8)
— Meu coração se regozija no Senhor.
— Meu coração se regozija no Senhor.
— Exulta no Senhor meu coração, e se eleva a minha fronte no meu Deus; minha boca desafia os meus rivais porque me alegro com a vossa salvação.
— O arco dos fortes foi dobrado, foi quebrado, mas os fracos se vestiram de vigor. Os saciados se empregaram por um pão, mas os pobres e os famintos se fartaram. Muitas vezes deu à luz a que era estéril, mas a mãe de muitos filhos definhou.
— É o Senhor quem dá a morte e dá a vida, faz descer à sepultura e faz voltar; é o Senhor quem faz o pobre e faz o rico, é o Senhor quem nos humilha e nos exalta.
— O Senhor ergue do pó o homem fraco, do lixo ele retira o indigente, para fazê-los assentar-se com os nobres num lugar de muita honra e distinção.
Evangelho (Lc 2,41-51)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem.
44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a pro­curá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas.
47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”. 49Jesus respondeu: “Por que me procu­ráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

SANTO DIA

São José Maria Robles Hurtado
1888-1927
Fundou a Congregação Religiosa das Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado

26 de Junho - São José Maria Robles Hurtado

A condição da Igreja no México foi muito difícil desde que entrou em vigor, em 5 de fevereiro de 1917, a nova Constituição anticlerical e anti-religiosa, depois do longo período de ditadura que a antecedeu.

O clero católico foi objeto de perseguições, ora mais ora menos intensas, com muitos religiosos, leigos e sacerdotes sendo brutalmente assassinados, exclusivamente por serem cristãos. Diga-se, mesmo, que não existia processo, o julgamento era instantâneo e a sentença sumária.

Dentre esses mártires encontramos padre José Maria Robles Hurtado. Ele nasceu em Mascota, Jalisco, na diocese de Tepic, no dia 3 de maio de 1888. Foi pároco de Tecolotlán, em Jalisco, onde difundia a fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tamanho era seu entusiasmo que escrevia pequenas orações e poesias, que distribuía entre os fiéis para enriquecer ainda mais o culto e louvar o Senhor.

Amado e querido pelo seu rebanho, constituído de camponeses pobres e muito carentes. Para melhor atendê-los, fundou a Congregação das "Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado".

Porém, no mês consagrado ao culto do Sagrado Coração de Jesus, em junho de 1927, a horrenda perseguição atingiu a sua paróquia em Tecolotlán, e ele foi levado e encarcerado.

Alguns dias, ou horas antes de ser morto, padre José Maria escreveu uma poesia, na qual expressou seus últimos desejos: "Desejo amar o teu Coração, Jesus meu, com participação total, desejo amá-lo com paixão, desejo amá-lo até o martírio. Com minh'alma te bendigo, meu Sagrado Coração; diga-me: aproxima-se o instante da feliz e eterna união?"

No dia 26 de junho de 1927, o padre José Maria, exatamente pelo grande amor à Cristo, foi amarrado numa árvore, na serra da Quila, em Jalisco, diocese de Autlan, e mantido assim até morrer. Dessa maneira, seguiu para a feliz e eterna união no Sagrado Coração de Jesus, coroado com seu martírio final.

O grupo de vinte e cinco mártires mexicanos no qual estava incluso foi beatificado, em 1992, pelo papa João Paulo II. Mais tarde, o mesmo pontífice, no ano de 2000, canonizou todos eles. A festa de são José Maria Robles Hurtado foi designada para o dia 26 de junho.

LITURGIA DIARIA

12ª Semana Comum – Quinta-feira 26/06/2014

Primeira Leitura (2Rs 24,8-17)

Leitura do Segundo Livro dos Reis.
8Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noestã, filha de Elna­tã, de Jerusalém. 9E ele fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito.10Naquele tempo, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, marcharam contra Jerusalém e a cidade foi sitiada. 11Nabu­codonosor, rei da Babilônia, veio em pessoa atacar a cidade, enquanto seus soldados a sitiavam.
12Então Joaquim, rei de Judá, apresentou-se ao rei da Babilônia, com sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus eunucos. E o rei da Babilônia os fez prisioneiros.
Isto aconteceu no oitavo ano do seu reinado. 13Nabucodonosor levou todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, havia fabricado para o templo do Senhor, conforme o Senhor havia anunciado. 14Levou para o cativeiro Jerusalém inteira, todos os príncipes e todos os valentes do exército, num total de dez mil exilados, e todos os ferreiros e serralheiros; só deixou a população mais pobre do país.
15Deportou Joaquim para a Ba­bilônia, e do mesmo modo exilou de Jerusalém para a Babilônia a rainha-mãe, as mulheres do rei, seus eunucos e todos os nobres do país.
16Todos os homens fortes, num total de sete mil, os ferreiros e os serralheiros em número de mil, todos os homens capazes de empunhar armas, foram conduzidos para o exílio pelo rei da Babilônia. 17E, em lugar de Joaquim, ele nomeou seu tio paterno, Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 78)

— Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!
— Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

— Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo, Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos.
— Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera?
— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo. Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!
Evangelho (Mt 7,21-29)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.
24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava cons­truída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 28Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensina­mento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Solenidade da Natividade de São João Batista abre centenário da diocese

Na noite desta terça-feira, 24 de junho, dia da natividade de São João Batista, a catedral de Caratinga acolheu padres e fiéis de diversas paróquias da diocese para a celebração de seu padroeiro. Nesta celebração foram abertas as festividades do centenário da diocese de Caratinga.

A missa foi presidida pelo bispo diocesano, dom Emanuel Messias de Oliveira, e concelebrada por mais de 40 padres, dos cleros diocesano e religioso, representando a grande maioria das 51 paróquias que compõem a diocese.

Logo no início da celebração, enquanto se entoava o hino oficial do centenário, foram entronizados três quadros contendo o brasão da diocese, criado para esta ocasião, o tema e o lema do ano jubilar. Dom Emanuel, logo em seguida, apresentou o tema “Discípulos missionários, somos todos luz do mundo” e o lema “Luz que arde e ilumina”.

Durante sua homilia, o bispo retomou o tema e o lema, explicando que o primeiro se refere ao povo de Deus, os fiéis em geral presentes na diocese. “Está relacionado à nossa prática de fé, à nossa missão como cristãos”, disse o bispo. Sobre o lema, dom Emanuel explicou que se refere ao padroeiro, São João Batista, àquele que iluminou seu tempo, preparando os caminhos para a missão de Jesus.

O bispo fez uma breve referência às leituras proclamadas destacando que Deus age com misericórdia para salvar seu povo. “Quando o povo está mais desesperado, mais sem esperança, Deus age. Deus refaz sua confiança. Deus foi misericordioso com seu povo, foi misericordioso com Isabel e é misericordioso com cada um de nós”, afirmou o bispo.

O bispo acentuou ainda a alegria de celebrar os cem anos de história da diocese de Caratinga. “Deus é misericordioso e quer que todos nós, como discípulos missionários, sejamos luzes a iluminar as vidas uns dos outros. Que todos nós, a partir da festa de hoje, durante todo o centenário, lembremos dessa maravilha do amor de Deus que nunca se esgota”, lembrou.

Dom Emanuel recomendou aos presentes a valorização do silêncio e a busca constante pela participação nas mesas da palavra e da eucaristia, como fonte que fortalece a experiência do amor de Deus. “Para participarmos da vida de intimidade com Deus, assim como João Batista, temos uma missão muito grande. Manifestemos através de nossas vidas o amor e a misericórdia que tem para com o seu povo. Deus o seio materno o Senhor nos chamou para ser sal e luz do mundo. Aproveitemos esse ano jubilar para sermos cada vez mais reflexos do rosto de Deus para os nossos irmãos e irmãs”, concluiu.

Outro momento marcante da celebração foi a procissão das oferendas que contou com a representação de todos os sete planos de pastoral da diocese, além de menção à revista Diretrizes, aos roteiros de reflexão e ao diretório diocesano de catequese. O gesto lembrou a dinâmica evangelizadora assumida na diocese nestes quase cem anos de missão.

Ao fim da celebração, dom Emanuel abençoou 51 imagens de São João Batista que foram entregues aos padres presentes. O ato faz parte da programação do centenário, incentivando todas as paróquias a realizarem ao longo deste ano uma peregrinação em todas as comunidades com a imagem.

O ano jubilar será concluído em 28 de junho de 2015, com grande festa no Santuário de Adoração, em Caratinga. No dia 24 de junho de 2015, no entanto, todas as paróquias celebrarão de modo festivo a marca dos 100 anos da diocese. Importante lembrar que oficialmente a diocese completará cem anos apenas em 15 de dezembro de 2015, ocasião em que o bispo planeja tornar a reunir clero e fiéis para comemoração.
Fotos em Breve
Na noite desta terça-feira, 24 de junho, dia da natividade de São João Batista, a catedral de Caratinga acolheu padres e fiéis de diversas paróquias da diocese para a celebração de seu padroeiro. Nesta celebração foram abertas as festividades do centenário da diocese de Caratinga.
A missa foi presidida pelo bispo diocesano, dom Emanuel Messias de Oliveira, e concelebrada por mais de 40 padres, dos cleros diocesano e religioso, representando a grande maioria das 51 paróquias que compõem a diocese.
Logo no início da celebração foram entronizados três quadros contendo o brasão da diocese, criado para esta ocasião, o tema e o lema do ano jubilar. Dom Emanuel, logo em seguida, apresentou o tema “Discípulos missionários, somos todos luz do mundo” e o lema “Luz que arde e ilumina”.
Durante sua homilia, o bispo retomou o tema e o lema, explicando que o primeiro se refere ao povo de Deus, os fiéis em geral presentes na diocese. “Está relacionado à nossa prática de fé, à nossa missão como cristãos”, disse o bispo. Sobre o lema, dom Emanuel explicou que se refere ao padroeiro, São João Batista, àquele que iluminou seu tempo, preparando os caminhos para a missão de Jesus.
O bispo fez uma breve referência às leituras proclamadas destacando que Deus age com misericórdia para salvar seu povo. “Quando o povo está mais desesperado, mais sem esperança, Deus age. Deus refaz sua confiança. Deus foi misericordioso com seu povo, foi misericordioso com Isabel e é misericordioso com cada um de nós”, afirmou o bispo.
O bispo acentuou ainda a alegria de celebrar os cem anos de história da diocese de Caratinga. “Deus é misericordioso e quer que todos nós, como discípulos missionários, sejamos luzes a iluminar as vidas uns dos outros. Que todos nós, a partir da festa de hoje, durante todo o centenário, lembremos dessa maravilha do amor de Deus que nunca se esgota”, lembrou.
Dom Emanuel recomendou aos presentes a valorização do silêncio e a busca constante pela participação nas mesas da palavra e da eucaristia, como fonte que fortalece a experiência do amor de Deus. “Para participarmos da vida de intimidade com Deus, assim como João Batista, temos uma missão muito grande. Manifestemos através de nossas vidas o amor e a misericórdia que tem para com o seu povo. Deus o seio materno o Senhor nos chamou para ser sal e luz do mundo. Aproveitemos esse ano jubilar para sermos cada vez mais reflexos do rosto de Deus para os nossos irmãos e irmãs”, concluiu.
Outro momento marcante da celebração foi a procissão das oferendas que contou com a representação de todos os sete planos de pastoral da diocese, além de menção à revista Diretrizes, aos roteiros de reflexão e ao diretório diocesano de catequese. O gesto lembrou a dinâmica evangelizadora assumida na diocese nestes quase cem anos de missão.
Ao fim da celebração, dom Emanuel abençoou 51 imagens de São João Batista que foram entregues aos padres presentes. O ato faz parte da programação do centenário, incentivando todas as paróquias a realizarem ao longo deste ano uma peregrinação em todas as comunidades com a imagem.
O ano jubilar será concluído em 28 de junho de 2015, com grande festa no Santuário de Adoração, em Caratinga. No dia 24 de junho de 2015, no entanto, todas as paróquias celebrarão de modo festivo a marca dos 100 anos da diocese. Importante lembrar que oficialmente a diocese completará cem anos apenas em 15 de dezembro de 2015, ocasião em que o bispo planeja tornar a reunir clero e fiéis para comemoração.

Autor Claudio Geraldo | Data 25 de junho de 2014 

SANTO DO DIA

São Guilherme de Vercelli
1085-1142
Fundou a Congregação
Beneditina de Montevergine

25 de Junho - São Guilherme de Vercelli

Guilherme nasceu em Vercelli, no ano de 1085, de uma rica família da nobreza francesa. Aos quinze anos, já vestia o hábito de monge e era um fervoroso peregrino. Percorreu toda a Europa visitando os santuários mais famosos e sagrados, pretendendo tornar-se um simples monge peregrino na Terra Santa. Foi dissuadido ao visitar, na Itália, João de Matera, hoje santo, que lhe disse, profeticamente, que Deus não desejava apenas isso dele. Contribuiu também, para sua desistência, o fato de ter sido assaltado por ladrões de estrada, que lhe aplicaram uma violenta surra.

O incidente acabou levando-o a procurar a solidão na região próxima de Avellino, na montanha de Montevergine. Era uma terra habitada apenas por animais selvagens, onde, segundo a tradição, um lobo teria matado o burro que lhe servia de transporte. Guilherme, então, teria domesticado toda a matilha, que passou a prestar-lhe todo tipo de auxílio.

Vivia como eremita, dedicando-se à oração e à penitência, mas isso durou pouco tempo. Logo começou a ser procurado por outros eremitas, religiosos e fiéis. Acabou fundando, em 1128, um mosteiro masculino, o qual colocou sob as regras beneditinas e dedicou a Maria, ficando conhecido como o Mosteiro de Montevergine.

Dele Guilherme se tornou o abade, todavia por pouco tempo, pois transmitiu o cargo para um monge sucessor e continuou peregrinando. Entretanto tal procedimento se tornou a rotina de sua vida monástica. Guilherme acabou fundando um outro mosteiro beneditino, dedicado a Maria, em Monte Cognato. Mais uma vez se encontrou na posição de abade e novamente transmitiu o posto ao monge que elegeu para ser seu sucessor.

Desejando imensamente a solidão, foi para a planície de Goleto, não muito distante dali, onde, por um ano inteiro, viveu dentro do buraco de uma árvore gigantesca. E eis que tornou a ser descoberto e mais outra comunidade se formou ao seu redor. Dessa vez teve de fundar um mosteiro "duplo", ou seja, masculino e feminino. Contudo criou duas unidades distintas, cada uma com sua sede e igreja própria.

E foi assim que muitíssimos mosteiros nasceram em Irpínia e em Puglia, como revelou a sua biografia datada do século XII. Desse modo, ele, que desejava apenas ser um monge peregrino na Terra Santa, fundou a Congregação Beneditina de Montevergine, que floresceu por muitos séculos. Somente em 1879 ela se fundiu à Congregação de Montecassino.

Guilherme morreu no dia 25 de junho de 1142, no mosteiro de Goleto. Teve os restos mortais transferidos, em 1807, para o santuário do Mosteiro de Maria de Montevergine, o primeiro que ele fundara, hoje um dos mais belos santuários marianos existentes. Em 1942, o papa Pio XII canonizou-o e declarou são Guilherme de Vercelli Padroeiro principal da Irpínia.

LITURGIA DIARIA

12ª Semana Comum – Quarta-feira 25/06/2014

Primeira Leitura (2Rs 22,8-13;23,1-3)

Leitura do Segundo Livro dos Reis.
Naqueles dias, 22,8o sumo sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: “Achei o livro da Lei na casa do Senhor!” Helcias deu o livro a Safã, que também o leu. 9Então o secretário Safã foi à presença do rei e fez-lhe um relatório nestes termos: “Os teus servos juntaram o dinheiro que se achou no templo e entregaram-no aos empreiteiros encarregados do templo do Senhor”.
10Em seguida, o secretário Safã comunicou ao rei: “O sacerdote Helcias entregou-me um livro”. E Safã leu-o diante do rei. 11Ao ouvir as palavras do livro da Lei, o rei rasgou as suas vestes. 12E ordenou ao sacerdote Helcias, a Aicam, filho de Safã, a Acobor, filho de Mi­queias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei: 13“Ide e consultai o Senhor a meu respeito, a respeito do povo e de todo o Judá, sobre as palavras deste livro que foi encontrado. Grande deve ser a ira do Senhor que se inflamou contra nós, porque nossos pais não obedeceram as palavras deste livro, nem puseram em prática tudo o que nos fora prescrito”.
23,1Então o rei mandou que se apresentassem diante dele todos os anciãos de Judá e de Jerusalém. 2E subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, do maior ao menor. Leu diante deles todo o conteúdo do livro da Aliança que tinha sido achado na casa do Senhor. 3De pé, sobre o seu estrado, o rei concluiu a aliança diante do Senhor, obrigando-se a seguir o Senhor e a observar seus mandamentos, preceitos e decretos, de todo o seu coração e de toda a sua alma, cumprindo as palavras da Aliança escritas naquele livro. E todo o povo aderiu à Aliança.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 118)

— Ensinai-me a viver vossos preceitos, ó Senhor!
— Ensinai-me a viver vossos preceitos, ó Senhor!

— Ensinai-me a viver vossos preceitos; quero guardá-los fielmente até o fim!
— Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei, e de todo o coração a guardarei.
— Guiai meus passos no caminho que traçastes, pois só nele encontrarei felicidade.
— Inclinai meu coração às vossas leis, e nunca ao dinheiro e à avareza.
— Desviai o meu olhar das coisas vãs, dai-me a vida pelos vossos mandamentos!
— Como anseio pelos vossos mandamentos! Dai-me a vida, ó Senhor, porque sois justo!
Evangelho (Mt 7,15-20)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. 18Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons.19Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos vós os conhe­ce­reis”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 24 de junho de 2014

SANTO DO DIA

Natividade de São João Batista
Século I

24 de Junho - Natividade de São João Batista

A Bíblia nos diz que Isabel era prima e muito amiga de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: "Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus. Na despedida, as primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto.

Assim os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da Salvação". É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo.

Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avançada. Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício". Assim foi avisado Zacarias pelo anjo Gabriel.

Conforme a indicação de Lucas, Isabel estava no sexto mês de gestação de João, que foi fixado pela Igreja três meses após a Anunciação de Maria e seis meses antes do Natal de Jesus. O sobrinho da Virgem Maria foi o último profeta e o primeiro apóstolo. "É mais que profeta, disse ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti". Ou seja, o primo João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus iniciar a sua própria missão terrestre.

Lucas também fala a respeito da infância de João: o menino foi crescendo e fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitarei o caminho do Senhor..." Aos que o confundiam com Jesus, afirmava com humildade: "Eu não sou o Cristo". e "Não sou digno de desatar a correia de sua sandália". Sua originalidade era o convite a receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso o seu apelido de Batista.

João Batista teve a grande missão de batizar o próprio Cristo. Ele apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo".

Jesus, falando de João Batista, tece-lhe o maior elogio registrado na Bíblia: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista. Contudo o menor no Reino de Deus é maior do que ele".

Ele morreu degolado no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica.

São João Batista é um dos santos mais populares em todo o mundo cristão. A sua festa é muito alegre e até folclórica. Com muita música e danças, o ponto central é a fogueira, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comunicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança.